(POSTADO PELA FUNDAÇÃO PORTAL DO PANTANAL)
O Pantanal está localizado na Bacia do Alto Paraguai (BAP), constituindo uma planície sedimentar de aproximadamente 160.000 km² entre Brasil, Bolívia e Paraguai, estando sua maior parte em território brasileiro, entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. É a maior área úmida do planeta, formando um ambiente altamente produtivo, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera, sendo ainda uma das 35 Grandes Regiões Naturais do planeta (Wilderness).
Considerada a maior planície alagável do mundo, o Pantanal não é propriamente um bioma ou ecossistema único, mas uma região de encontro, um elo de ligação entre Cerrado, Chaco, Amazônia, Mata Atlântica e Bosque Seco Chiquitano. Essa característica favorece a diversidade de espécies (biodiversidade), e a interação entre fauna e flora.
Existem no Pantanal pelo menos 3.500 espécies de plantas, 550 de aves, 124 de mamíferos, 80 de répteis, 60 de anfíbios e 260 espécies de peixes de água doce, sendo que algumas delas em risco de extinção.
O Pantanal é um dos mais valiosos patrimônios ambientais do mundo, com exuberante e rara beleza. Seus recursos, bens e serviços ambientais custam, pelo menos, 112 bilhões de dólares por ano, segundo recente estudo feito pelo pesquisador da Embrapa Pantanal, Andre Steffens Moraes.
O desenvolvimento econômico na região pantaneira, baseado na pecuária extensiva e agricultura, geram impactos ambientais como queimadas, desmatamento, assoreamento e poluição dos rios causados por pesticidas e fertilizantes. Atualmente, empreendimentos de alto impacto poluidor, como da mineração e siderurgia estão se instalando no Pantanal, representando uma ameaça a mais para o ecossistema.
A degradação é preocupante não apenas na planície da bacia hidrográfica, mas principalmente no seu entorno, em áreas mais elevadas (planalto), onde alterações nas florestas nativas (como Cerrado e Chaco) já afetam os rios que formam o Pantanal, causando a aceleração de processo de assoreamento em praticamente todos os principais rios da região.
Texto: Allison Ishy e Yara Medeiros
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